segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Inerte

Estou aqui com a roupa da academia e o dinheiro para a matrícula nas mãos mas, não consigo me mexer. Quem me dera fosse preguiça mas, é algo mais que me prende em casa que nem eu mesma consigo entender. Queria levantar ir andando pra academia, escutando música, malhar e dpois voltar pra casa mas, quando o assunto é s-a-i-r de casa é que aperta. Eu simplesmente não consigo. Ja não sei quantas vezes entrei e sai de academias, por quantas vezes fui e voltei. Não consigo acreditar que é possível e o pior é que o tempo passa e a idade aumenta com ele tornando tudo mais dificil. Estou irritada hoje, deveria ser fácil sair, afinal é só se arrumar e ir mas, pra mim não, pra mim é tudo dificil, muito pensado, exaustivo. O jeito é se conformar e tentar arrumar uma solução dentro de casa mesmo. Meu quarto está quase pronto, tenho certeza que vou conseguir fazer exercicios nele contanto que, a porta esteja trancada. O que me irrita é esta doença de ter vergonha de tudo, de tudo incomodar a ponto de fazer exercicio no quarto de porta fechada. Enfim, essa sou eu e tenho que aprender a conviver comigo mesma todos os dias. E olha...não é fácil não.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Comentário para RÊ

Amiga a obesidade é cruel mesmo... tem q ver, tenho uma "amiga" que come tudo o que nao presta e é um palito. Você nem imagina o que ela fez! se fosse comigo ia ter me matado...a gente ia lanchar e tinha um grupinho de meninas obesas lanchando...ai ela disse que ia causar pras meninas...disse assim pra atendente "me dá o hamburger mais IMENSO que vocÊs tiverem, pq eu não preciso e nem quero emagrecer"...affe, minha vontade era d dar na cara dela,rs...pq são essas pequenas coisas que ainda me dão raiva...ainda bem que ela é só uma "amiga"...rs
Há alguns anos parei de me pesar, apesar de ter engordado, não foi pq parei de me pesar que engordei, foram diversos motivos e os principais são o uso de anticoncepcionais (devido a uma menstruação que me torna uma inválida,rsrs) e a inatividade física (essa por triste opção mesmo), razões pelas quais eu parei de me pesar: se vc se exercita regularmente vai estar adquirindo massa magra e portanto vai aparecer que vc engordou na balança. Outra, no nosso corpo não temos só gordura, temos resíduos e líquidos e acredite, eles pesam. Fora que, o estresse ajuda a liberar corticosteróides que por sua vez agem na retenção de líquido. Imagina tudo isso junto?
Nossa, logo assim que emagreci não tinha um dia que não me pesasse e não havia um dia em que o peso estivesse igual ao dia anterior. Eu fiquei mais louca do que já sou,rs.
Olha vc disse q exagerou na bebida...refrigerante ou álcool eles são os piores inimigos de uma dieta, o refrigerante light é rico em sódio que vai te deixar toda inchada, por isso é bom sempre maneirar, e o álcool é transformado em áçucar no organismo. Uma coisa não entendi voce disse que comeu fora do normal arroz c feijao...vc nao costuma comer?eu como todos os dias foi c essa combinação q consegui emagrecer, comida não engorda mesmo, não engorda. o feijao o arroz, uma boa salada com um bife grelhado ou cozid, é uma delicia...é minha comida diária..o q engorda mesmo é todo o resto q vmos combinar é bom demaaais!rsrs nosso problema reside ai,rsrs...somado ao fato de eu não gostar de academia...aliás será que alguém gosta? Para mim aquelas gurias empinadas vão é para desfilar...e o pior é que muitas vão mesmo...
Falando nisso vc pratica alguma atividade física? eu vou fazer minha matrícula amanhã na academia, não sei se vou ter dinheiro pra comprar a roupa mas, vou do jeito que der...
como você pôde ver o comentário ficou muito grande por isso virou post,rsrs...tenho que aprender a escrever pouco...
e é isso aí minina...mais um dia desse inferno. Eu não acredito que meu corpo possa mudar mesmo mas, vou fazer o que estiver ao meu alcance para pelo menos me sentir bem e sempre ficar bem longe da balança!
bju

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mais drama,,,

Os meus post são que nem veneno para inseto. Eles são tão deprimidos e opressivos que espanta qualuqer tentativa de leitura. Eu até gosto disso, gosto da ter um lugar em que escrever e é verdade que eu procurava apoio aqui de mulheres que talvez sentisse o mesmo que eu ou tivessem sofrido pelo mesmo. Passado a primeira decepção vi que o mundo dos blogs é também uma sociedade onde nem todos os blogs participam. Essa semana fui praticamente "expulsa" de um blog q lia com frequência, quando fui entrar essa semana vi que o mesmo, estava bloqueado ao meu acesso e que era só para blogueiras convidadas, o que me faz perguntar: se o blog é um diário aberto, como preciso ser convidada para lê-lo? O bom disso tudo é que não espero mais comentários e o tão desejado apoio moral afinal, se eu não me apoiar não é ninguém que vai fazê-lo por mim.
Vou continuar a escrever mas, como sempre, vou escrevê-lo para mim mesma se, alguém quiser lê-lo, fique a vontade.
Que dia ridiculo. Há dias que era melhor passarem despercebidos como em "standby"...tudo nessa vida é tão mecânico, praticamente nada tem mais graça. Não há um minuto sequer que eu não me incomode com meu corpo, é como respirar parece que já é um processo fisiológico involuntário do qual, se eu não tiver não vivo. Estou enlouquecendo, não há descanso e eu estou cansada.
Minha faculdade está em greve e olha que é particular. Uma zona, um lixo. Não sei quando vou ter aula se é que vou, a faculdade está a ponto de fechar. Há anos ameaçam fechar a instituição que estudo e temo que aconteça logo agora que estou lá. Onde moro é a única faculdade que tem o curso de enfermagem do mais, terei que me deslocar no minimo umas duas horas para a faculdade mais próxima. Não vejo futuro nisso, que futuro terei na enfermagem? se eu tiver muita sorte mesmo e conseguir um emprego publico, de preferência em PSF, pode ser que eu possa morar sozinha e me sustentar se não vai ficar muito dificil...As minhas duas maiores frustrações não conseguir emagrecer e não ter passado no vestibular...é complicado ter 23 anos e depender dos pais...você sente isso o tempo todo já que nunca tem razão. Meu relacionamento com a minha irmã vai de mal a pior é só passar uma hora perto dela pra gente se desentender feio. Ela já sugou todos os meus esforços para um possível entendimento e, olha que ela é só uma criança, imagina ela adulta e nós morando juntas?só de olha pra ela me entristeço.
Estou perdendo a cabeça sei que estou mas, também só eu sei. As vezes, a angústia é tão profunda que tenho vontade de me machucar. Incrivel o que uma vida de vicios em comer mal faz com a vida de uma pessoa. Faz tudo por que, eu não tenho uma vida. Eu só saio de casa para estudar. vou e volto. Tem dias que tenho vergonha de sair de casa.
Todos os meus posts são assim, cansativos por que eu me sinto assim. Exausta de pensar a cada segundo na mesma asneira sem fim, de não ter alguém para desabafar e me apoiar. Enfim, hoje o dia prometeu.

domingo, 25 de outubro de 2009

"porque aprendí que la vida, por todo lo malo algo bueno te dá"...Será?

Existe coisa pior do que depender dos outros? Eu já não confio muito nas pessoas, depender delas então...affe. Trabalho em grupo é um suplicio, faço logo tudo sozinha para evitar aborrecimentos e, imagina que ainda existe gente que não faz nada e tem a cara de pau de dizer que ffalou pouco na apresentação. Mas, isso não é o pior...o pior é ter de depender de pai e mãe. Por melhor filha que você seja nunca é o bastante. Eu NUNCA, posso dizer com absoluta certeza, desobedeci meus pais...nunca sai escondido, nunca menti (aquelas mentiras cabeludas, as brancas todo mundo conta,rs), nunca fiz nada que os fizesse desconfiar de mim...resumindo, fora a convivência que ninguém é santo, nunca dei motivos para passar por certas situações. A minha relação com a minha irmã é explosiva e, tenho de se sincera me dói mas, eu não gosto dela. Aliás, dói mais saber que ela é minha irmã e que eu só tenho sentimentos ruins por ela. Vou ser sincera eu não gosto de crianças, até gosto quando é dos outros e bem de vez em quando. Enfim, o que mais desgosto nela é a ruindade dela. Ela gosta de ver intriga dentro de casa, se sente bem quando meus pais estão brigados comigo e cá entre nós não há nada pior que morar num lugar onde você não fala com as pessoas, é ridiculo e me irrita essa situação. É frustrante você viver numa casa onde você não pode dizer nada mas, mesmo assim tem que ajudar. Pior de tudo, é quando sua mãe tá literalmente "te comendo o rabo" e sua irmã de 11 anos passa por você rindo, cantando e saltitando. É triste também ver que, já nessa idade ela é capaz de fazer mudança drásticas no convivio de uma família. Eu sempre achei criança bicho ruim, sempre sofri nas mãos delas e posso afirmar com certeza que são capazes de serem muito pervesas.
Queria sair de casa, ter minha independência é triste você morar numa casa que sabe que não é sua nos últimos anos tenho a impressão de que estou morando de favor porém, essa escolha foi minha quando optei por estudar em vez de trabalhar e, dificilmente conseguirei fazer os dois já que, só conto com o ensino médio regular me diga, vou trabalhar aonde com isso? el lojinha pra ganhar um salário mínimo?Isso nem paga minha faculdade e além do mais ganhando isso não muda em nada minha situação, vou continuar tendo que morar com meus pais e com menos tempo para estudar. Estudo todos os dias, da hora que chego em casa até antes de dormir mas, ultimamente tem sido dificil por que minha mãe acha que estou fingindo para não ter que ajudar em casa. Essa convivência tem sido bem dificil e pra piorar não estou mais fazendo esteira. Estou me sentindo uma porca nojenta, nenhuma roupa cabe, me sinto flácida e a única vontade que tenho além de comer lógico por que, essa nunca some, é de dormir. Estou juntando dinheiro pra entrar numa academia pra ver se me sinto melhor pelo menos, vou ficar alguma horas a mais longe desse inferno.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Outra vez o título

Faz dois dias que não caminho. Para mim isso é o fim do mundo, é como se eu já tivesse desistido. O problema é que não gosto de fazer esse tipo de coisa na frente dos outros, uma outra neura. Eu tenho vergonha de tudo. Cresci com meus pais andando nus pela casa, tomando banho com eles, miha mãe nunca gostou muito de roupas e, isso pode ter surtido algum efeito em mim. Nunca fui à praia, nunca que eu tenha tido idade suficiente para lembrar. Gosto de caminhar na minha esteira pra hamster de portas fechadas, de preferência trancadas. Eu tenho vergonha para falar em público, para fazer qualquer coisa que faça os olhares dos outros se deterem mesmo que por 1 segundo em mim. D-O-E-N-T-E. Minha cabeça está me matando hoje...ela é definitivamente minha maior inimiga, e hoje, além de me pertubar diariamente com suas falácias ainda tem que comprimir a parede de meus vasos fazendo-as latejar de dor. Alguém ai, se sente como eu? Ou só sou eu que cheguei a esse extremo? hoje é um daqueles inúmeros dias em que, teria sido melhor não ter saído da cama...espero que o amanhã seja um pouco melhor.
Quando eu releio os textos que escrevo, sinto que sou uma dramaqueen, aliás, foi um desses motivos pelo qual eu relutei ao máximo ao escrever um blog, não adianta escrevo o que sinto, e normalmente é assim mesmo, sem floreios nem rodeios.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

No Line on the Horizon

Há dias em que o desespero toma conta de mim por completo. Parece que nunca vou conseguir chegar lá e realmente, sou realista, não vou. Continuo fazendo meus exercicios, comendo direito porém, o que eu quero não condiz em nada com a realidade...fui gorda por toda a minha vida.
Eu nunca quis crescer, sempre tive receio do que esse futuro iria me trazer. Conforme entrei na puberdade, diferente das outras meninas que, pareciam mulheres minimizadas, eu era criança e queria continuar assim, por isso, eu não lembro dos meus seios enquanto cresciam nem do resto do meu corpo. Eu tinha um nojo tremendo e evitava ao máximo qualquer contato visual com meu corpo o que, me prejudica até hoje por que, talvez poderia ter evitado esse estrago total. Tenho estrias enormes pelo corpo todo, nada em mim me agrada e é um desespero e uma frustração sem tamanho não gostar de você mesma. Eu só continuo nessa batalha por que, eu me sinto melhor, me sinto menos inutil sabendo que, pelo menos estou fazendo minha parte mas, acho que já perdi essa guerra.
Eu nunca consigo falar sobre isso com ninguém...algumas vezes já falei com a minha mãe já chorei mas, ela não consegue entender a dimensão de tudo isso pra mim e acho que, só quem passa por isso ou passou, consegue.
Realmente, está cada vez mais dificil. Estou com 23 anos, nunca namorei, nunca beijei nunca sequer consegui ou deixei alguém se aproximar de mim. O mesmo vale para amizades, eu as perco da mesma maneira com que as construi, rapidamente. Não sou introvertida, tenho minhas amigas, adoro uma conversa mas, não passa disso, afinal de contas, ninguém se importa com nossos problemas de qualquer maneira, e mesmo que, se importasse eu jamais contaria. E se contasse, o que essa pessoa pensaria das minhas neuras sem beiras? No minimo me recomendaria uma terapia,rsrs. Enfim, é bom ter essa segurança aqui, de qualquer forma posso falar o que sinto... o que penso eu sempre falo independente de estar aqui ou não.
As vezes, como hoje, acho que estou perdendo anos da minha vida com limitações que só eu mesma criei. Sou saudavel e não portadora de deficiência mas, como dizem a nossa única limitação é aquela que criamos. Então, é pensando assim que sigo com a essa batalha diária...quem sabe onde ou como isso vai acabar?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Colocar um título é a pior parte...

Então amiga blogueira, todo esse pessimismo se resume a uma paixão platônica que me infectou desde o mês passado mas, confesso que sou uma pessoa muito fria em relação aos assuntos do coração e que a febre já está passando.
Quanto as minhas medidas fazia um ano que eu não me pesava...há uns dois meses de brincadeira me pesei na balança e estava com 72,500kg...em 5 anos engordei 12kg, confesso que não fiquei assustada por que afinal de contas, o que eu esperava? Quem já foi gordo como eu não tem descanso. Não acredito em dietas miraculosas, acredito em escolhas saudaveis e exercicios diários. Há um mês estou fazendo esteira todos os dias, durante uma hora e essa é a minha única atividade física do dia...caminho 4km todos os dias, estou começando a ficar acostumada e devo aumentar essa carga progressivamente.
Gente não aguento academia!Ficar levantando peso, levanta daqui, desce dali. O tempo que gasto dentro de uma academia, na época que me encontro em minha vida é muito precioso para ser gasto assim! Por mais que, me faça muito bem tenho que conciliar um horário que possa ser usado para o exercicio de forma a não atrapalhar meus estudos que, é a coisa mais importante pra mim no momento. Meu medo era subjugar-me a essa rotina pesada de estudos diários e esquecer de mim mesma. Por isso, comecei a fazer esteira todos os dias das 19:00 as 20:00 e confesso que para sair dos livros é um suplício! Não me entenda mal, dar essa caminhada noturna, mesmo que numa máquina a quatro paredes me deu uma renovada. Espero que não só no ânimo mas, também nas medidas.
Tenho um trabalho para fazer, estou terminando o slide, faltam alguns retoques por isso por hoje chega de internet,rsrs...
Bjinhus

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Não sei o que pensar...

As vezes fico a imaginar se toda essa batalha interna mental e física vai trazer resultados, me mato na esteira, me controlo o dia todo é exaustivo demais!
Estou fazendo caminhada 1hora por dia num ritmo acelerado na esteira...é...eu a-d-o-r-o brincar de hamster mas, dessa vez eu finalmente compreendi que se quero alcançar minha meta o exercicio físico é um aliado diário na minha rotina. Não há dias cansados, nem cólicas que não me façam subir naquele maldito dragão e andar, andar e andar! Veremos se em 1 ano noto alguma diferença. Eu não confio muito nos resultados, sou muito pessimista e estou sempre dando para trás mas, assim é sempre mais fácil né? Portanto, deve ser o caminho errado pois, o certo é sempre o mais tortuoso.
Continuo com a minha dieta comendo direito e escapulindo à dieta de vez em quando mas, sem exageros, não dá para ser 100% pro resto da vida e o que eu quero é um resultado que eu consiga conciliar comigo mesma para sempre.
só o mestre shifu mesmo, para me ajudar a encontrar a luz ...
"(...) You're a diamond in the rough
A brilliant ball of clay
You could be a work of art
If you just go all the way
Now what would it take to break
I believe that you can bend
Not only do you have to fight
But you have got to win..."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Round eterno...

Desde pequena eu luto contra a balança. Desde pequena eu me sinto diferente das outras pessoas, sempre fui a maior menina da classe, ficava sempre por ultimo nas filas. Comprar roupa então, nem pensar em passar na seção infantil.
Há uma luta muito grande contra o preconceito etnico e social, agora se você é gordo é por que quer, isso é uma escolha sua e não um efeito de um desequilibrio em alguma area da sua vida ou criação. No meu caso foi devido à uma criação sem limites e "privilegiada". Eu tinha tudo ao meu alcance e quanto eu quisesse. Bolo, sorvete, biscoitos, pizza, tudo isso regado a muito refrigerante. A situação se agravou quando entrei na adolescência e retraída e introvertida como sempre fui, as pessoas a minha volta começaram a me cobrar cada vez mais uma aparência mais aceitável. Faziam isso, ao virar o rosto quando eu passava, ao fingir que eu não existia e ao me excluir de toda e qualquer participação social. Atingi meu peso máximo aos 15 anos, com 1,62m cheguei a pesar 84kg. Meu despertar aconteceu no dia 21 de junho de 2003 durante a festa de aniversário de 8 anos do meu irmão. Refrigerante, picolé, bolo, docinhos, cachorro-quente e salgadinhos faziam parte do cardápio e foi então, que enquanto eu me deliciava com um cachorro quente um parente meu me olhou de uma forma peculiar como se tivesse visto uma lesma ou qualquer animal tão ou mais nojento. A minha vontade foi de começar a chorar, lembro de ter engasgado com o aperto que me deu na garganta, e fui para meu quarto onde permaneci até a festa acabar.
Nao sou dramática mas, todos que vivem de luta contra o sobrepeso tem uma história triste pra contar. Alguns sabem lidar com isso melhor que eu e outros se sentem igual a mim.
Comecei minha reeducação alimentar naquele mesmo dia abolindo de vez o refrigerante normal da minha dieta e introduzindo os legumes e vegetais que, hoje são parte da minha rotina alimentar. No dia 21 de junho de 2004 pesei exatamente 54 kgs tendo perdido ao todo 30kgs. Mas, ainda assim não me sentia feliz. Nunca gostei do ambiente da academia, eu sempre enxerguei os magros que a habitam e não os gordos. Eu me sentia, e ainda sinto um alien num ambiente desses o que, me atrapalha mais que ajuda.
Ficaram inúmeras cicatrizes no meu corpo e alma daquela época, onde fui vitima do “bullying” dia após dia. Hoje, estou cursando faculdade, minha personalidade é mais expansiva e sou considerada como uma pessoa extrovertida. Porém, apesar de todo meu esforço para não ceder as pressões de um mundo estereotipado, sofro diariamente com a minha baixa auto-estima e o meu desespero para alcançar pelo menos uma parcela do corpo que acho que mereço. E até isso acontecer não consigo fazer minha vida começar. Nunca fui à praia, nunca fui a uma festa, nunca fui beijada. O meu dano foi mais severo do que de algumas colegas blogueiras que, não deixaram de fazer o que gostam por que possuem uma aparência diferente.
Eu luto ainda contra a gordura localizada que se cimentou no meu corpo, luto contra minha falta de estímulo e coragem, luto contra minha falta de confiança e persisto para alcançar não “O ideal de beleza” mas, o meu ideal de beleza, aquilo que quero. Fiz este blog na esperança de encontrar ajuda naquelas que como, eu, já passaram ou passam por dificuldade básicas que um pouco de peso a mais pode trazer. Espero poder fazer parte dessa família e contar com as experiências e conselhos de todas.
Um abraço a todas!!!
Mrs.Bennet

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ya tengo ojeras de tanto mirarte...

O que acontece quando a gente se apaixona? As mãos suam, a vista embaça, as pernas tremem, o coração bate na garganta e a cabeça gira? Comigo não. Apaixonar-se pra mim nunca teve esse grau de intesidade fisiológica. O que acontece é que o pensamento é o tempo todo naquela mesma pessoa,e isso é impossível de evitar. Fazer um trabalho pensando nele, pegar um onibus pensando nele... a vida fica no piloto automótico e eu sou completamente absorvida por meus desejos e sentimentos. Quando o vejo, meu coração não explode, minhas mãos não suam mas, com certeza meus olhos brilham pois, refletem minha admiração. Nada sabe ele sobre o que penso ou sinto e além desse post ninguém mais saberá mesmo por que o amor é passageiro e creio que o meu não irá se prolongar. Porém, fica aquele vazio da pergunta: Será que existe alguém tão ou mais especial?

Este é o problema do amor platônico, é o mesmo tipo de amor que você sente pelos pais quando é criança. Eles são os professores no tablado e você é o aluno e aprendiz. Os pais na infância são quase como deuses imutaveis, nada os passa despercebido, são responsaveis, inteligentes e sempre justos. Quando somos crianças costumamos a idealizar nossos pais de uma tal forma que, se o que vissemos fosse verdade estariamos vivendo numa utopia. Consolo-me em me lembrar de que, por não o conhecer ele pode não ser como o vejo mas, me entristeço quando me dou conta de que, nunca terei chance de conhecê-lo, nem como parte integrante de sua vida, nem como alguém que conheceu. Só sou aquele alguém que é cumprimentado quando à vista ou que, conversou algumas vezes. Nessa vida, ninguém conhece ninguém mas, que eu gostaria de passar um tempo tentando desvendar você...ahh sim eu gostaria muito.