sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Não sei o que pensar...

As vezes fico a imaginar se toda essa batalha interna mental e física vai trazer resultados, me mato na esteira, me controlo o dia todo é exaustivo demais!
Estou fazendo caminhada 1hora por dia num ritmo acelerado na esteira...é...eu a-d-o-r-o brincar de hamster mas, dessa vez eu finalmente compreendi que se quero alcançar minha meta o exercicio físico é um aliado diário na minha rotina. Não há dias cansados, nem cólicas que não me façam subir naquele maldito dragão e andar, andar e andar! Veremos se em 1 ano noto alguma diferença. Eu não confio muito nos resultados, sou muito pessimista e estou sempre dando para trás mas, assim é sempre mais fácil né? Portanto, deve ser o caminho errado pois, o certo é sempre o mais tortuoso.
Continuo com a minha dieta comendo direito e escapulindo à dieta de vez em quando mas, sem exageros, não dá para ser 100% pro resto da vida e o que eu quero é um resultado que eu consiga conciliar comigo mesma para sempre.
só o mestre shifu mesmo, para me ajudar a encontrar a luz ...
"(...) You're a diamond in the rough
A brilliant ball of clay
You could be a work of art
If you just go all the way
Now what would it take to break
I believe that you can bend
Not only do you have to fight
But you have got to win..."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Round eterno...

Desde pequena eu luto contra a balança. Desde pequena eu me sinto diferente das outras pessoas, sempre fui a maior menina da classe, ficava sempre por ultimo nas filas. Comprar roupa então, nem pensar em passar na seção infantil.
Há uma luta muito grande contra o preconceito etnico e social, agora se você é gordo é por que quer, isso é uma escolha sua e não um efeito de um desequilibrio em alguma area da sua vida ou criação. No meu caso foi devido à uma criação sem limites e "privilegiada". Eu tinha tudo ao meu alcance e quanto eu quisesse. Bolo, sorvete, biscoitos, pizza, tudo isso regado a muito refrigerante. A situação se agravou quando entrei na adolescência e retraída e introvertida como sempre fui, as pessoas a minha volta começaram a me cobrar cada vez mais uma aparência mais aceitável. Faziam isso, ao virar o rosto quando eu passava, ao fingir que eu não existia e ao me excluir de toda e qualquer participação social. Atingi meu peso máximo aos 15 anos, com 1,62m cheguei a pesar 84kg. Meu despertar aconteceu no dia 21 de junho de 2003 durante a festa de aniversário de 8 anos do meu irmão. Refrigerante, picolé, bolo, docinhos, cachorro-quente e salgadinhos faziam parte do cardápio e foi então, que enquanto eu me deliciava com um cachorro quente um parente meu me olhou de uma forma peculiar como se tivesse visto uma lesma ou qualquer animal tão ou mais nojento. A minha vontade foi de começar a chorar, lembro de ter engasgado com o aperto que me deu na garganta, e fui para meu quarto onde permaneci até a festa acabar.
Nao sou dramática mas, todos que vivem de luta contra o sobrepeso tem uma história triste pra contar. Alguns sabem lidar com isso melhor que eu e outros se sentem igual a mim.
Comecei minha reeducação alimentar naquele mesmo dia abolindo de vez o refrigerante normal da minha dieta e introduzindo os legumes e vegetais que, hoje são parte da minha rotina alimentar. No dia 21 de junho de 2004 pesei exatamente 54 kgs tendo perdido ao todo 30kgs. Mas, ainda assim não me sentia feliz. Nunca gostei do ambiente da academia, eu sempre enxerguei os magros que a habitam e não os gordos. Eu me sentia, e ainda sinto um alien num ambiente desses o que, me atrapalha mais que ajuda.
Ficaram inúmeras cicatrizes no meu corpo e alma daquela época, onde fui vitima do “bullying” dia após dia. Hoje, estou cursando faculdade, minha personalidade é mais expansiva e sou considerada como uma pessoa extrovertida. Porém, apesar de todo meu esforço para não ceder as pressões de um mundo estereotipado, sofro diariamente com a minha baixa auto-estima e o meu desespero para alcançar pelo menos uma parcela do corpo que acho que mereço. E até isso acontecer não consigo fazer minha vida começar. Nunca fui à praia, nunca fui a uma festa, nunca fui beijada. O meu dano foi mais severo do que de algumas colegas blogueiras que, não deixaram de fazer o que gostam por que possuem uma aparência diferente.
Eu luto ainda contra a gordura localizada que se cimentou no meu corpo, luto contra minha falta de estímulo e coragem, luto contra minha falta de confiança e persisto para alcançar não “O ideal de beleza” mas, o meu ideal de beleza, aquilo que quero. Fiz este blog na esperança de encontrar ajuda naquelas que como, eu, já passaram ou passam por dificuldade básicas que um pouco de peso a mais pode trazer. Espero poder fazer parte dessa família e contar com as experiências e conselhos de todas.
Um abraço a todas!!!
Mrs.Bennet

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ya tengo ojeras de tanto mirarte...

O que acontece quando a gente se apaixona? As mãos suam, a vista embaça, as pernas tremem, o coração bate na garganta e a cabeça gira? Comigo não. Apaixonar-se pra mim nunca teve esse grau de intesidade fisiológica. O que acontece é que o pensamento é o tempo todo naquela mesma pessoa,e isso é impossível de evitar. Fazer um trabalho pensando nele, pegar um onibus pensando nele... a vida fica no piloto automótico e eu sou completamente absorvida por meus desejos e sentimentos. Quando o vejo, meu coração não explode, minhas mãos não suam mas, com certeza meus olhos brilham pois, refletem minha admiração. Nada sabe ele sobre o que penso ou sinto e além desse post ninguém mais saberá mesmo por que o amor é passageiro e creio que o meu não irá se prolongar. Porém, fica aquele vazio da pergunta: Será que existe alguém tão ou mais especial?

Este é o problema do amor platônico, é o mesmo tipo de amor que você sente pelos pais quando é criança. Eles são os professores no tablado e você é o aluno e aprendiz. Os pais na infância são quase como deuses imutaveis, nada os passa despercebido, são responsaveis, inteligentes e sempre justos. Quando somos crianças costumamos a idealizar nossos pais de uma tal forma que, se o que vissemos fosse verdade estariamos vivendo numa utopia. Consolo-me em me lembrar de que, por não o conhecer ele pode não ser como o vejo mas, me entristeço quando me dou conta de que, nunca terei chance de conhecê-lo, nem como parte integrante de sua vida, nem como alguém que conheceu. Só sou aquele alguém que é cumprimentado quando à vista ou que, conversou algumas vezes. Nessa vida, ninguém conhece ninguém mas, que eu gostaria de passar um tempo tentando desvendar você...ahh sim eu gostaria muito.