terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ya tengo ojeras de tanto mirarte...

O que acontece quando a gente se apaixona? As mãos suam, a vista embaça, as pernas tremem, o coração bate na garganta e a cabeça gira? Comigo não. Apaixonar-se pra mim nunca teve esse grau de intesidade fisiológica. O que acontece é que o pensamento é o tempo todo naquela mesma pessoa,e isso é impossível de evitar. Fazer um trabalho pensando nele, pegar um onibus pensando nele... a vida fica no piloto automótico e eu sou completamente absorvida por meus desejos e sentimentos. Quando o vejo, meu coração não explode, minhas mãos não suam mas, com certeza meus olhos brilham pois, refletem minha admiração. Nada sabe ele sobre o que penso ou sinto e além desse post ninguém mais saberá mesmo por que o amor é passageiro e creio que o meu não irá se prolongar. Porém, fica aquele vazio da pergunta: Será que existe alguém tão ou mais especial?

Este é o problema do amor platônico, é o mesmo tipo de amor que você sente pelos pais quando é criança. Eles são os professores no tablado e você é o aluno e aprendiz. Os pais na infância são quase como deuses imutaveis, nada os passa despercebido, são responsaveis, inteligentes e sempre justos. Quando somos crianças costumamos a idealizar nossos pais de uma tal forma que, se o que vissemos fosse verdade estariamos vivendo numa utopia. Consolo-me em me lembrar de que, por não o conhecer ele pode não ser como o vejo mas, me entristeço quando me dou conta de que, nunca terei chance de conhecê-lo, nem como parte integrante de sua vida, nem como alguém que conheceu. Só sou aquele alguém que é cumprimentado quando à vista ou que, conversou algumas vezes. Nessa vida, ninguém conhece ninguém mas, que eu gostaria de passar um tempo tentando desvendar você...ahh sim eu gostaria muito.

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